A crise da economia americana ficou conhecida mundialmente e foi um dos fatos mais noticiados nos jornais televisivos e impressos. Até hoje a economia não se reergueu totalmente, mas nada se compara ao seu boom em 2001, momento em que a economia americana entrou em recessão.
Na época o Federal Reserve começou a aplicar cortes de juros que levou a taxa a 1% ao ano. Consequentemente, com juros baixos a economia recebeu o impulso necessário para sair da crise, o que estimulou o mercado imobiliário. O ano de 2005 foi um dos mais marcantes no setor imobiliário que ficou super aquecido, fazendo com que, um ano depois o mercado estivesse saturado com preços e estoques altos de imóveis.
O aquecimento imobiliário somado à taxa de juro alta, identificada com 5,25% em 2004, contribuiu para que os preços das prestações da hipoteca aumentassem gerando um aumento da inadimplência, uma vez que as pessoas não conseguiam sanar suas dívidas. Ao mesmo tempo, as instituições financeiras que compraram títulos hipotecários também começaram a enfrentar problemas. Isso ocorreu porque o comprador não conseguia pagar sua dívida inicial e deu início a um ciclo de não recebimento dos compradores de títulos, fazendo com que todo o mercado tivesse medo de emprestar e comprar.
Nesse período o pânico foi generalizado com empresas de crédito imobiliário falindo ou sendo compradas por bancos. A crise que já assolava as empresas hipotecárias se estendeu aos bancos. A partir de então, em meados de 2008, alguns dos principais grupos financeiros dos Estados Unidos e do mundo já sentiam os abalos e perdas advindas da crise.
A crise que se iniciou no mercado imobiliário se expandiu para todos os setores da economia, com quedas no setor automobilístico e contração no mercado de trabalho com elevação da taxa de desemprego que atingiu 2,6 milhões de pessoas em 2008, pior número desde o fim da Segunda Guerra. Desde então, o presidente Obama passou a oferecer pacotes de incentivo buscando a recuperação, bem como investiu em infraestrutura e geração de emprego. Apenas em 2013 é que os Estados Unidos começou a sentir uma melhora mais palpável da crise e se reerguer realmente.