Novo perfil consumidor dita o mercado imobiliário na Flórida

Jovens recém-formados procuram imóveis antes mesmo de constituir família

Há cerca de seis anos construtoras e corretoras de imóveis enfrentavam condições de negócios difíceis: milhões de norte-americanos perderam seus empregos e suas casas. Porém, o cenário desesperador e os tempos difíceis parecem terem ficado para trás. Em 2015 os indicadores econômicos são positivos e as expectativas não cessam. Tudo indica que este ano o mercado imobiliário irá decolar com força, especialmente em Miami. A cidade ainda está na fase do boom imobiliário, em que receberam um alto investimento de financiamento de novos empreendimentos, somado aos projetos criados por arquitetos experientes e o interesse manifestado pelos ricos compradores que enxergam a região realmente como um investimento ou melhor opção de descanso e lazer.

Aliás, o preço atrativo ao mesmo tempo que oferece muito luxo e conforto é um dos maiores atrativos de Miami. Lá pode-se encontrar imóveis por um terço do preço dos imóveis em New York, por exemplo. Além disso, quando é feito um comparativo com alguns imóveis das mais importantes capitais e destinos litorâneos brasileiros, os imóveis em Miami também costumam ser bem mais atrativos no quesito financeiro. Assim, é comum esses imóveis atraírem os olhares de compradores tanto da América do Sul quanto da Europa. O mix diversificado de compradores é o que faz de Miami um dos melhores lugares para passar as férias ou viver, uma vez que existem infinitas opções de lazer na região, comodidade, somado aos baixos índices de violência apresentados anualmente.

A combinação de poupança, baixa taxas de juros, preços atrativos de imóveis e aumento da renda foram os fatores preponderantes para as compras de 2014 e para continuidade e expansão disso em 2015. Além disso, um fator que favorece a compra de imóveis é também a alta nos alugueis, isso se deve à grande quantidade de norte-americanos que durante a crise e a perda das casas tiveram de optar pelo aluguel sem ter outra alternativa, mesmo não sendo o padrão de vida que gostam e costumavam viver. Isso fez com que os alugueis sofressem uma valorização quando comparada à compra de imóveis. Entretanto, uma pesquisa realizada pela Fannie Mae deu um panorama dessa preferência quando o assunto é aluguel x casa própria: 9 em cada 10 jovens preferem obter um imóvel próprio, ao invés de se submeter a alugueis mensais.

O perfil desses jovens é o que mais têm buscado por essas compras desde o ano passado. Antes os compradores em potencial eram os chamados Baby Boomers, pessoas que nasceram entre 1946 e 1964 na Europa, Estados Unidos, Canadá e Austrália, que restituíram família há um bom tempo e já estão estabilizados financeiramente. Porém hoje em dia, o perfil mudou e o foco principal de compradores são jovens recém-formados na faixa entre 23 e 24 anos, portanto, antes mesmo de constituir família, ainda estudantes ou recém graduados já veem oportunidades e acessibilidade na compra de imóveis próprios. Especialistas afirmam inclusive que este ano em especial será o ano em que será sentido, de forma mais plena, a presença dessa nova geração no mercado imobiliário principalmente no Sul e Centro-Oeste, o que é um grande avanço no segmento.